Olá galera...Já comecei a preparar as aulas resumo de
teoria de voo. Aguardem.
Qualquer dúvida é só postar que respondo com maior
prazer.
Até mais.
Piloto Privado de Avião
quinta-feira, 10 de maio de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
AULA 6 – MOTORES
CONCEITO: Toda máquina que produz energia mecânica a partir de outra energia (elétrica, calorífica).
- MOTORES TÉRMICOS: Motor a pistão - Transformam energia calorífica em energia mecânica.
- MOTORES AEROTÉRMICOS: Motor a reação.
1- CLASSIFICAÇÃO:
a) QUANTO A COMBUSTÃO:
Motores de combustão externa: o combustível é queimado fora do motor.
- VANTAGEM: Utiliza qualquer tipo de combustível.
- DESVANTAGEM: Muito pesado.
Motores de combustão interna: o combustível é queimado no interior do motor.
- VANTAGEM: Elevada potência, leve.
b) QUANTO AO SISTEMA DE PROPULSÃO:
Avião a hélice: o motor não produz diretamente a tração, quem produz tração e a HÉLICE.
Impulsiona grandes massas de ar a velocidades relativamente pequenas.
Baseia-se na 3ª Lei de Newton
Ex: Motor a pistão e Turbo hélice.
Avião a reação: o motor produz diretamente a tração.
Impulsiona pequenas massas de ar a grandes velocidades.
Ex: Turbojato e Turbofan.
2- TIPOS DE MOTORES:
a) Motor a pistão: É o mais utilizado em aviões de pequeno porte, é econômico e eficiente em baixas velocidades e altitudes. Baixo custo
b) Motor turbo hélice: É um turbojato modificado.
Quase toda energia é utilizada para girar uma turbina.
Quase toda energia é utilizada para girar uma turbina.
A hélice é acionada através de uma caixa de redução.
Ideal para velocidades intermediárias entre o motor a pistão e turbofan,
c) Motor turbofan: É um turbojato acrescido de um FAN.
O FAN cria um fluxo de ar frio que mistura com o ar quente abafando o som.
VANTAGEM: elevada tração, baixo ruído e grande econômia.
É o mais utilizado em aviões de alta velocidade
d) Motor turbojato: O ar admitido é impulsionado num fluxo de alta velocidade.
Utiliza a expansão dos gases queimados pela combustão.
É anti-econômico e ineficiente em baixas velocidades e altitudes.
É o mais utilizado em aviões supersônicos.
Ordem crescente de velocidade e altitude: Motor a pistão, motor turbo hélice, turbofan e turbojato.
3- QUALIDADES DO MOTOR AERONÁUTICO:
a) Eficiência térmica: É a relação entre a potência mecânica produzida pela potência térmica liberada. Essa relação fica entre 25% a 30%.
* Motores elétricos – 90%.
b) Leveza: É a relação entre a massa e a potência do motor.
* Essa relação deve ser a MENOR possível, pois assim o motor suporta MENOS peso por HP.
c) Facilidade de manutenção: A segurança do funcionamento está ligada ao cumprimento rigoroso das inspeções periódicas programadas pelo FABRICANTE DO MOTOR.
Essas inspeções são cumpridas por intervalos de horas de voo e são conhecidas como PERIÓDICAS. Ex: 25h, 50h...
d) Durabilidade: Determinado número de horas, estabelecidas palo FABRICANTE DO MOTOR, para o motor fazer REVISÃO GERAL, também conhecida por TBO - “Time Between Overhauls” Tempo entre Revisões Gerais.
e) Economia: O motor aeronáutico deve ter baixo consumo.
DEFINIÇÃO:
Consumo horário: Quantidade consumida por hora. Ex: 30 litros/hora.
É utilizado para cálculos de navegação aérea
Consumo específico: Leva em consideração a potência do motor. Ex:0,2 litros/HP/ hora.
É utilizado para comparar eficiência de motores.
* O motor mais eficiente é aquele que consome menos por HP/hora.
f) Ausência de vibrações: O motor deve funcionar suavemente, sem vibrações.
DEFINIÇÃO:
Equilíbrio: É a ausência de vibração no sentido transversal ( para cima, para baixo e para os lados).
Regularidade do conjugado do motor: É a ausência de vibração no sentido de rotação. (O motor a reação tem maior regularidade que o motor à pistão).
g) Pequena área frontal: A área frontal do motor deve ser pequena para ser instalado nas aeronaves de fuselagem estreita melhorando a aerodinâmica.
h) Excesso de potência na decolagem: Por segurança os motores aeronáuticos devem manter uma potência superior ao do projeto por um curto tempo ( 1 min) usada na decolagem.
i) Compacidade: Os motores aeronáuticos devem ser compactos, diminuindo assim o seu peso, melhorando o resultado da leveza que é a razão entre a massa e a potência.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
AULA 5 – SISTEMA
HIDRÁULICO
1- FUNÇÃO: Acionar
componentes através da pressão transmitida a um fluido.
2- FINALIDADE: Diminuir o esforço do piloto para acionar vários
componentes durante o voo e também no solo.
LEI DE PASCAL: “ A pressão aplicada em um ponto do fluido
transmite-se igualmente a todas as partes desse mesmo fluido”.
3- RENDIMENTO MECÂNICO: É a razão da força produzida no cilindro atuador pela
força aplicada no cilindro primário.
* Quanto maior esse
resultado melhor o rendimento mecânico.
R= F Força produzida R= A Área do pistão do cilindro atuador
f Força aplicada a Área do pistão do
cilindro primário
RENDIMENTOS MECÂNICOS
POSSÍVEIS:
R<1
|
Possível (ampliando o movimento e reduzindo a
força)
|
R=1
|
Possível ( força produzida = força aplicada)
|
R>1
|
Possível ( força produzida > força aplicada)
|
R=0
|
Impossível
|
4- APLICAÇÕES: É utilizado quando houver necessidade de aplicar
grande força para atuação de algum componente do avião.
- AVIÕES PEQUENOS: Utilizado para acionar somente o freio.
- AVIÕES
MAIORES: Utilizado para
acionar profundor, leme, flapes, slats, recolher trem e controlar o
direcionamento do trem do nariz.
SISTEMAS
|
VANTAGENS
|
DESVANTAGENS
|
MECÂNICO
|
Simples
Barato
Confiável
Durável
Facilidade na manutenção
|
Utilizado somente em aviões de
pequeno porte
Depende da força muscular do
piloto
|
HIDRÁULICO
|
Ampliação de forças
Confiabilidade
Falhas graduais
Leve
Facilidade na instalação
Controle simples
|
* Descontaminação do sistema
|
ELÉTRICO
|
Facilidade na instalação
Controle simples
Precisão
|
Pesado
Falha repentina
(mau contato / superaquecimento)
Manutenção criteriosa
|
PNEUMÁTICO
|
Não necessita linha de retorno
|
Imprecisão
Manutenção cuidadosa
|
AULA 4 – TREM DE POUSO
1- FINALIDADE:
Apoiar, amortecer, frear e controlar a direção da aeronave durante o taxi ou
manobra no solo.
2- CLASSIFICAÇÃO:
a) Quanto ao meio que operam:
- HIDROAVIÃO OU HIDROPLANO – pousa e decola somente da água.
- TERRESTRE – pousa e decola somente do solo.
- ANFÍBIO – pousa e decola da água ou do solo.
b) Quanto à distância de pouso e decolagem:
- VTOL – decolagem e pouso na vertical.
- STOL - decolagem e pouso curtos.
- CTOL - decolagem e pouso convencionais.
c) Quanto a mobilidade do trem de pouso:
- FIXO – permanece na posição durante todo o voo.
- RETRÁTIL – mesmo depois de recolhido fica uma parte visível.
- ESCAMOTEÁVEL – depois de recolhido não aparece.
d) Quanto a disposição das rodas:
- CONVENCIONAL – Possui bequilha, o CG fica atrás do trem principal.
- TRICICLO – Possui trem do nariz, o CG fica à frente do trem principal.
e) Trem de pouso tipo mola:
- é o mais simples
- COMPOSIÇÃO: tubo de aço flexivel ou uma lâmina que atua como uma mola.
- A mola não absorve o impacto, simplesmente repasssa para o avião.
f) Trem de pouso articulado com amortecedores de
borracha.
- Aros de borracha amortecem o impacto.
- Possuem forma de discos ou cordas ( sandows)
3- ACIONAMENTO:
a)
Hidráulico, elétrico ou emergência.
b) Após o
acionamento, luzes se acendem no painel para acompanhar o funcionamento do trem
de pouso até ficar totalmente baixado e travado.
4- AMORTECEDORES
TIPOS:
a) HIDRÁULICO:
- COMPONENTES: óleo ou fluido, haste com agulha, mola e tesoura
- FUNÇÃO: amortecer o impacto e suportar o peso do avião no solo.
COMPONENTES
|
FUNÇÃO
|
|
Óleo ou fluido
|
Amortecer o
impacto do pouso
|
|
Haste
|
Deslizar
conduzindo a agulha
|
|
Agulha
|
Restringir a
passagem do fluido
|
|
Mola
|
Suportar o peso do avião
|
|
Tesoura
|
Manter o
alinhamento da roda
|
b)
HIDROPNEUMÉTICO: também chamado de óleo-pneumático
- COMPONENTES: ar ou gás, óleo ou fluido, haste com agulha e tesoura
- FUNÇÃO: amortecer o impacto e suportar o peso do avião no solo.
COMPONENTES
|
FUNÇÃO
|
|
Óleo ou fluido
|
Amortecer o
impacto do pouso
|
|
Haste
|
Deslizar
conduzindo a agulha
|
|
Agulha
|
Restringir a
passagem do fluido
|
|
Ar ou Gás
|
Suportar o
peso do avião
|
|
Tesoura
|
Manter o
alinhamento da roda
|
5- CONJUNTO DAS RODAS
- FINALIDADE: Permitir a rolagem e a freagem do avião no solo.
- TIPOS: alta pressão e baixa pressão.
ALTA
PRESSÃO: para pistas pavimentadas ou
duras
BAIXA
PRESSÃO: para pistas macias ( grama ou terra solta)
- COMPOSIÇÃO: O conjunto das rodas compõem-se de pneu, rodas e freio.
a) PNEU :
SUPORTA A PRESSÃO DO AR
COMPONENTES
|
FUNÇÃO
|
|
Lonas
|
Dar maior
resistência à carcaça do pneu.
|
|
Sulcos
|
Permitir a fuga
da água evitando aquaplanagem
|
|
Câmara de ar
|
Conter o ar de
inflagem
|
|
Banda de
rodagem
|
É a superfície
que sofre desgaste
|
b)
RODAS:
TIPOS:
- Flanges independentes – As duas flanges são desmontáveis.
- Meias-rodas – A roda é desmontada dividindo-a em duas partes iguais.
- Cubo e flange – A desmontagem é feita em uma flange, a outra flange faz parte da roda.
c) FREIOS:
- FUNÇÃO: Frear, executar curvas fechadas e manobras no solo, utilizando a FREAGEM
DIFERENCIAL, ou
seja, frear apenas a roda do lado que executará a curva no solo.
- LOCALIZAÇÃO: Trem de pouso principal, pois é onde o peso maior do avião está concentrado. ( há exceções)
- ACIONAMENTO: São acionados pelos mesmos pedais do leme de direção, pisando somente nas pontas dos pedais (também há exceções – aeronaves com quatro pedais, dois para o leme e dois para o freio).
- TIPOS:
Freio a tambor e freio a disco.
FREIO A TAMBOR:
COMPONENTES
|
FUNÇÃO
|
|
Tambor
|
Girar preso
à roda para sofrer o atrito das sapatas ou lonas
|
|
Sapatas ou
lonas
|
Atritar no
tambor freando a roda
|
|
Molas
|
Afastar as
sapatas ou lonas do tambor
|
|
Cilindro
|
Pressionar as
sapatas ou lonas contra o tambor
|
FREIO
A DISCO:
COMPONENTES
|
FUNÇÃO
|
|
Disco
|
Girar preso
à roda para sofrer o atrito das pastilhas
|
|
Pastilhas
|
Atritar no
disco freando a roda
|
|
Pinças
|
Afastar as
pastilhas do disco
|
|
Cilindro
|
Pressionar as
pastilhas contra o disco
|
6- SISTEMA DE ACIONAMENTO DOS FREIOS:
- HIDRÁULICO – É o mais utilizado nos aviões, é confiável.
- PNEUMÁTICO – Utiliza ar comprimido, não é confiável, pois precisa renovar o ar para ser utilizado novamente.
- MECÂNICO – O acionamento é feito por hastes, alavancas, polias, cabos etc.
7- FREIO DE
ESTACIONAMENTO:
TIPOS:
Freio normal ou freio independente
- FREIO NORMAL: Os freios são pressionados e ficam travados por uma alavanca puxada pelo piloto.
- FREIO INDEPENDENTE: São mecânicos semelhantes ao freio de mão dos carros.
8- SISTEMAS DE FREAGEM
DE EMERGÊNCIA:
SISTEMAS
|
COMPOSIÇÃO
|
FUNCIONAMENTO
|
OBSERVAÇÃO
|
|
DUPLICADO
|
DOIS SISTEMAS INDEPENDENTES
|
EM CONJUNTO
E AO MESMO TEMPO
|
A FALHA DE UM
NÃO AFETA O OUTRO
|
|
EMERGÊNCIA
INDEPENDENTE
|
SEPARADO DO
SISTEMA PRINCIPAL
|
SOMENTE QUANDO
HOUVER FALHA DO PRINCIPAL
|
HÁ EXCEÇÕES:
PODE SER UTILIZADO COMO FREIO DE ESTACIONAMENTO
|
9- SISTEMA
ANTI-DERRAPANTE
FUNÇÃO: Evitar que a derrapagem ocorra na condição de
máxima freagem (quando os pneus / rodas estão prestes a derrapar / parar ),
liberando os freios e acionando-os em seguida, repetidamente.
OBS: O piloto deve verificar se o sistema está ligado e
funcionando antes do pouso.
10- CONTROLE DIRECIONAL
NO SOLO:
É efetuado pelo trem
do nariz ou pela bequilha através dos pedais (cabos e hastes) nos
aviões de pequeno porte. E pelo steering nos aviões de grande
porte.
* SHIMMY: Vibração direcional do trem do nariz que pode
ocorrer durante a corrida da decolagem
ou do pouso.
terça-feira, 17 de abril de 2012
AULA 3 – SISTEMAS DE
CONTROLE DE VOO OU DE COMANDOS DE VOO.
FINALIDADE: movimentar
as superfícies de controle de voo, aileron, profundor, leme e seus
compensadores.
ACIONAMENTO: feito pelo
piloto através do manche e dos pedais.
a- MANCHE: é acionado pelas mãos do piloto.
TIPOS: Volante e Bastão.
MANCHE
|
NARIZ
|
PROFUNDOR
|
CAUDA
|
COMANDO
|
EIXO
|
|
P/ FRENTE
|
DESCE
|
P/ BAIXO
|
SOBE
|
*PICAR
|
LATERAL
|
|
P/ TRÁS
|
SOBE
|
P/ CIMA
|
DESCE
|
*CABRAR
|
LATERAL
|
*ARFAGEM OU TANGAGEM
MANCHE
|
ASA
DIREITA
|
ASA
ESQUERDA
|
AILERON
DIREITO
|
AILERON
ESQUERDO
|
COMANDO
|
EIXO
|
|
PARA
DIREITA
|
DESCE
|
SOBE
|
SOBE
|
DESCE
|
ROLAMENTO*
|
LONGI- TUDINAL
|
|
PARA
ESQUERDA
|
SOBE
|
DESCE
|
DESCE
|
SOBE
|
ROLAMENTO*
|
LONGI-TUDINAL
|
* INCLINAÇÃO LATERAL OU BANCAGEM
b- PEDAIS: são acionados pelos pés do piloto.
PEDAL
|
NARIZ
|
LEME
|
CAUDA
|
COMANDO
|
EIXO
|
|
DIREITO
|
DIREITA
|
DIREITA
|
ESQUERDA
|
GUINADA
DIREITA
|
VERTICAL
|
|
ESQUERDO
|
ESQUERDA
|
ESQUERDA
|
DIREITA
|
GUINADA
ESQUERDA
|
VERTICAL
|
COMPOSIÇÃO
DO SISTEMA:
- manche
- pedais
- alavancas
- cabos
- quadrantes
- roldanas ou polias
- esticadores
- guias
- hastes.
VERIFICAÇÃO
E AJUSTES:
- Alinhamento dos comandos: Manche e pedais em NEUTRO, as superfícies devem permanecer em NEUTRO
- Ajuste dos batentes: Limitam o movimento das superfícies de comando evitando
a sobrecarga na estrutura durante o voo.
- Ajuste da tensão dos cabos: Determinada pelo FABRICANTE.
Cabos frouxos – reduz
ou anula o comando.
Cabos muito esticados – comandos
ficam duros e desgastam os componentes do sistema.
- Balanceamento das superfícies: Para
compensar o efeito da massa ou do peso dessas superfícies. Deve
ser verificado sempre que houver algum reparo ou
pintura na superfície.
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